sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Benoît XVI CROIRE EN L'AMOUR LIBERATEUR

 

 

Catequese de Bento XVI na Audiência Geral de quarta- feira


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 24 de outubro de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras de Bento XVI dirigidas aos fiéis e peregrino reunidos na Praça de São Pedro para a tradicional audiência de quarta-feira.
Queridos irmãos e irmãs,
Quarta-feira passada, com o início do Ano da Fé, comecei uma nova série de catequeses sobre a fé. E hoje gostaria de refletir com vocês sobre uma questão fundamental: o que é a fé? Ainda há um sentido para a fé em um mundo cuja ciência e a técnica abriram horizontes até pouco tempo impensáveis? O que significa crer hoje? De fato, no nosso tempo é necessária uma renovada educação para a fé, que inclua um conhecimento das suas verdades e dos eventos da salvação, mas que sobretudo nasça de um verdadeiro encontro com Deusem Jesus Cristo, de amá-lo, de confiar Nele, de modo que toda a vida seja envolvida.
Hoje, junto a tantos sinais do bem, cresce ao nosso redor também um certo deserto espiritual. Às vezes, tem-se a sensação, por certos acontecimentos dos quais temos notícia todos os dias, que o mundo não vai em direção à construção de uma comunidade mais fraterna e mais pacífica; as mesmas ideias de progresso e de bem estar mostram também as suas sombras. Apesar da grandeza das descobertas da ciência e dos sucessos da técnica, hoje o homem não parece verdadeiramente mais livre, mais humano; permanecem tantas formas de exploração, de manipulação, de violência, de abusos, de injustiça...Um certo tipo de cultura, então, educou a mover-se somente no horizonte das coisas, do factível, a crer somente no que se vê e se toca com as próprias mãos. Por outro lado, cresce também o número daqueles que se sentem desorientados e, na tentativa de ir além de uma visão somente horizontal da realidade, estão dispostos a crer em tudo e no seu contrário. Neste contexto, surgem algumas perguntas fundamentais, que são muito mais concretas do que parecem à primeira vista: que sentido tem viver? Há um futuro para o homem, para nós e para as novas gerações? Em que direção orientar as escolhas da nossa liberdade para um êxito bom e feliz da vida? O que nos espera além do limiar da morte?

Destas insuprimíveis perguntas emergem como o mundo do planejamento, do cálculo exato e do experimento, em uma palavra o saber da ciência, mesmo sendo importante para a vida do homem, sozinho não basta. Nós precisamos não apenas do pão material, precisamos de amor, de significado e de esperança, de um fundamento seguro, de um terreno sólido que nos ajude a viver com um senso autêntico também nas crises, na escuridão, nas dificuldades e nos problemas cotidianos. A fé nos dá exatamente isto: é um confiante confiar em um “Tu”, que é Deus, o qual me dá uma certeza diferente, mas não menos sólida daquela que me vem do cálculo exato ou da ciência.A fé não é um simples consentimento intelectual do homem e da verdade particular sobre Deus; é um ato com o qual confio livremente em um Deus que é Pai e me ama; é adesão a um “Tu” que me dá esperança e confiança. Certamente esta adesão a Deus não é privada de conteúdo: com essa sabemos que Deus mesmo se mostrou a nós em Cristo, mostrou a sua face e se fez realmente próximo a cada um de nós. Mais, Deus revelou que o seu amor pelo homem, por cada um de nós, é sem medida: na Cruz, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus feito homem, nos mostra do modo mais luminoso a que ponto chega este amor, até a doação de si mesmo, até o sacrifício total. Com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo, Deus desce até o fundo na nossa humanidade para trazê-la de volta a Ele, para elevá-la à sua altura. A fé é crer neste amor de Deus que não diminui diante da maldade do homem, diante do mal e da morte, mas é capaz de transformar cada forma de escravidão, dando a possibilidade da salvação.Ter fé, então, é encontrar este “Tu”, Deus, que me sustenta e me concede a promessa de um amor indestrutível que não só aspira à eternidade, mas a doa; é confiar-se em Deus como a atitude de uma criança, que sabe bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas estão seguros no “Tu” da mãe. E esta possibilidade de salvação através da fé é um dom que Deus oferece a todos os homens. Acho que deveríamos meditar com mais frequência – na nossa vida cotidiana, caracterizada por problemas e situações às vezes dramáticas – sobre o fato de que crer de forma cristã significa este abandonar-me com confiança ao sentido profundo que sustenta a mim e ao mundo, aquele sentido que nós não somos capazes de dar, mas somente de receber como dom, e que é o fundamento sobre o qual podemos viver sem medo. E esta certeza libertadora e tranquilizante da fé devemos ser capazes de anunciá-la com a palavra e de mostrá-la com a nossa vida de cristãos.

Ao nosso redor, porém, vemos todos os dias que muitos permanecem indiferentes ou recusam-se a acolher este anúncio. No final do Evangelho de Marcos, hoje temos palavras duras do Ressuscitado que diz: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 16), perde a si mesmo. Gostaria de convidá-los a refletir sobre isso. A confiança na ação do Espírito Santo, nos deve impulsionar sempre a andar e anunciar o Evangelho, ao corajoso testemunho da fé; mas além da possibilidade de uma resposta positiva ao dom da fé, há também o risco de rejeição ao Evangelho, do não acolhimento ao encontro vital com Cristo.Santo Agostinho já colocava este problema em seu comentário da parábola do semeador: “Nós falamos – dizia – lançamos a semente, espalhamos a semente. Existem aqueles que desprezam, aqueles que reprovarão, aquelas que zombam. Se nós temos medo deles, não temos mais nada a semear e no dia da ceifa ficaremos sem colheita. Por isso venha a semente da terra boa” (Discurso sobre a disciplina cristã, 13, 14: PL 40, 677-678). A recusa, portanto, não pode nos desencorajar. Como cristãos somos testemunhas deste terreno fértil: a nossa fé, mesmo com nossos limites, mostra que existe a terra boa, onde a semente da Palavra de Deus produz frutos abundantes de justiça, de paz e de amor, de nova humanidade, de salvação. E toda a história da Igreja, com todos os problemas, demonstra também que existe a terra boa, existe a semente boa, e traz fruto.
Mas perguntamo-nos: de onde atinge o homem aquela abertura do coração e da mente para crer no Deus que se fez visível em Jesus Cristo morto e ressuscitado, para acolher a sua salvação, de forma que Ele e seu Evangelho sejam o guia e a luz da existência? Resposta: nós podemos crer em Deus porque Ele se aproxima de nós e nos toca, porque o Espírito Santo, dom do Ressuscitado, nos torna capazes de acolher o Deus vivo. A fé então é primeiramente um dom sobrenatural, um dom de Deus.O Concílio Vaticano II afirma: “Para que se possa fazer este ato de fé, é necessária a graça de Deus que previne e socorre, e são necessários os auxílios interiores do Espírito Santo, o qual mova o coração e o volte a Deus, abra os olhos da mente, e doe ‘a todos doçura para aceitar e acreditar na verdade’” (Cost. dogm. Dei Verbum, 5). Na base do nosso caminho de fé tem o Batismo, o sacramento que nos doa o Espírito Santo, fazendo-nos tornar filhos de Deus em Cristo, e marca o ingresso na comunidade de fé, na Igreja: não se crê por si próprio, sem a vinda da graça do Espírito; e não se crê sozinho, mas junto aos irmãos. A partir do Batismo cada crente é chamado a re-viver e fazer própria esta confissão de fé, junto aos irmãos.
A fé é dom de Deus, mas é também ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Católica o diz com clareza: “É impossível crer sem a graça e os auxílios interiores do Espírito Santo. Não é, portanto, menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade e nem à inteligência do homem” (n. 154). Mas, as implica e as exalta, em uma aposta de vida que é como um êxodo, isso é, um sair de si mesmo, das próprias seguranças, dos próprios esquemas mentais, para confiar na ação de Deus que nos indica a sua estrada para conseguir a verdadeira liberdade, a nossa identidade humana, a verdadeira alegria do coração, a paz com todos. Crer é confiar com toda a liberdade e com alegria no desenho providencial de Deus na história, como fez o patriarca Abraão, como fez Maria de Nazaré. A fé, então, é um consentimento com o qual a nossa mente e o nosso coração dizem o seu “sim” a Deus, confessando que Jesus é o Senhor. E este “sim” transforma a vida, abre a estrada para uma plenitude de significado, a torna nova, rica de alegria e de esperança confiável.
Caros amigos, o nosso tempo requer cristãos que foram apreendidos por Cristo, que cresçam na fé graças à familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. Pessoas que sejam quase um livro aberto que narra a experiência da vida nova no Espírito, a presença daquele Deus que nos sustenta no caminho e nos abre à vida que nunca terá fim. Obrigado.
Ao final o Santo Padre dirigiu a seguinte saudação em português:
Uma cordial saudação para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular dos grupos de diversas paróquias e cidades do Brasil, que aqui vieram movidos pelo desejo de afirmar e consolidar a sua fé e adesão a Cristo: o Senhor vos encha de alegria e o seu Espírito ilumine as decisões da vossa vida para realizardes fielmente o projeto de Deus a vosso respeito. Acompanha-vos a minha oração e a minha Bênção.

„Glaube heißt, der Liebe Gottes zu trauen“

UDIENZA GENERALE: VIDEO INTEGRALE

CATECHESI DEL SANTO PADRE: AUDIO INTEGRALE



RealAudioMP3 „Der Glaube ist ein Geschenk, das Gott allen Menschen anbietet und das den Sinn gibt, den wir uns selber nicht geben können und den wir doch brauchen.“ Während der Generalaudienz auf dem Petersplatz an diesem Mittwoch begann Papst Benedikt XVI. wie angekündigt seine Katechesereihe zum Jahr des Glaubens. Sein Thema: Was heißt es heute, zu glauben?

„Oft scheint die spirituelle Wüste immer größer zu werden, und eine gewisse Kultur des Machbaren als des allein Gültigen lässt den Menschen im Tiefsten orientierungslos zurück. Es steigen Fragen auf: „Welchen Sinn hat es zu leben?“ „Ist es gut, ein Mensch zu sein?“, „Gibt es eine Zukunft für den Menschen?“ Wir brauchen nicht nur technisches Können, wir brauchen auch Liebe, Sinn, Hoffnung, ein sicheres Fundament, das uns hilft zu leben. Dies gibt uns der Glaube.“
Bei all den wissenschaftlichen Entdeckungen und technischen Möglichen werde die Beziehungsdimension oft vergessen. Eine neue Kultur habe dem Menschen beigebracht, sich nur im „Horizont der Dinge“ zu bewegen und nur an das zu glauben „was man mit dein eigenen Händen anfassen kann.“ Dagegen setze der Glauben die Beziehung:

„Es ist ein Sich-Anvertrauen an ein „Du“, an Gott, der mir Hoffnung und Zuversicht schenkt, der mich liebt. Glauben heißt also, in lebendiger Beziehung zu Gott zu stehen, der Liebe Gottes zu trauen, der im Geheimnis Christi ganz in unser Menschsein herabgestiegen ist, um uns zu sich hinaufzuziehen. Wir können auch heute an Gott glauben, weil Er uns nahekommt und uns anrührt. Zugleich ist der Glaube ein zutiefst freier und menschlicher Akt. Der Glaubende überschreitet sich selbst, seine eigenen Sicherheiten und Denkmuster, um in voller Freiheit und Freude, mit Verstand und Herz zu Gott ,ja´ zu sagen. Und dieses Ja verwandelt unser Leben und führt es zur Fülle seines Seins.“

Zum Schluss der Audienz ging er noch einmal auf das Leben aus dem Glauben ein, das für alle anderen ein Zeugnis sei:

„Unsere Zeit braucht Menschen, die vom Herrn ergriffen sind und durch die Vertrautheit mit der Heiligen Schrift und durch die Sakramente im Glauben wachsen. So wollen wir von der Erfahrung eines neuen Lebens in Christus und von der Gegenwart Gottes erzählen. Unser Leben sollte wie ein aufgeschlagenes Buch sein, aus dem unsere Begegnungen mit Gott lesbar werden. Gott, der uns offen macht für ein neues Leben in Fülle. Der Herr mache euch froh und stark im Glauben.“

FAITH MEANS BELIEVING IN THE LOVE OF GOD WHICH REDEEMS US FROM SLAVERY

 
 
Vatican City, 24 October 2012 (VIS) - The faith, its meaning and significance in the modern world, were the main themes of Benedict XVI's catechesis during his weekly general audience held this morning in St. Peter's Square. "In our time", the Pope said, "we need a renewed education in the faith. Certainly this must include a knowledge of its truths and of the events of salvation, but above all it must arise from an authentic encounter with God in Jesus Christ".
"Today, along with many signs of goodness, a spiritual desert is spreading around us. ... Even the ideas of progress and well-being are revealing their shadows and, despite the great discoveries of science and progress of technology, mankind today does not seem to have become freer. ... Many forms of exploitation, violence and injustice persist. ... Moreover, there are growing numbers of people who seem disorientated and who, in their search to go beyond a purely horizontal vision of reality, are ready to believe everything and the opposite of everything. In this context, certain fundamental questions arise: ... What meaning does life have? Do men and women, we and coming generations, have a future? What awaits us beyond the threshold of death?"
From these questions, the Pope explained, it is clear that "scientific knowledge, though important for the life of man, is not of itself enough. We need not only material bread, we need love, meaning and hope. We need a sure foundation ... which gives our lives true significance even in moments of crisis and darkness, even in daily difficulties. This is what the faith gives us. It means entrusting ourselves confidently to the 'You? that is God, the which gives me certainty: a certainty different but no less solid than that which comes from exact calculations and science. The faith is not a mere intellectual assent on man's part to the specific truths about God, it is an act by which I freely entrust myself to God Who is a Father and Who loves me, ... Who gives me hope and inspires my trust.
"Of course", the Pope added, "such adherence to God is not without content. Through it we are aware that God showed Himself to us in Christ. ... With the mystery of the death and resurrection of Christ, God descended to the depths of our human condition in order to draw it to Himself, to raise it to His heights. Faith means believing in this love of God, which does not diminish in the face of the corruption of man, in the face of evil and death; on the contrary, it is capable of transforming all forms of slavery, giving them the possibility of salvation".
"This possibility of salvation through faith is a gift which God gives to all mankind. I believe we should meditate more often - during our daily lives often marked by problems and dramatic situations - on the fact that Christian belief means abandoning oneself trustingly to the profound meaning which upholds me and the world, the meaning which we cannot give to ourselves but only receive as a gift, and which is the foundation upon which we can live without fear. We must be capable of announcing this liberating and reassuring certainty of the faith with words, and showing it with our Christian lives".
"Underpinning our journey of faith is Baptism, the Sacrament which gives us the Holy Spirit, makes us children of God in Christ, and marks our entry into the community of faith, into the Church. A person does not believe alone, without God's grace, nor do we believe by ourselves, but together with our brothers and sisters. From Baptism on all believers are called to re-live this confession of the faith and to make it their own, together with their brethren".
The Holy Father concluded: "The faith is a gift of God but it is also a profoundly free and human act. ... It does not run counter to our freedom or our reason. ... Believing means entrusting oneself in all freedom and joy to God's providential plan for history, as did the Patriarch Abraham, as did Mary of Nazareth".
In his greetings at the end of his audience, the Pope recalled how "last Monday we celebrated the memory of Blessed John Paul II, who remains alive among us". In this context, he invited young people "to learn to face life with his ardour and enthusiasm", and the sick "to carry the cross of suffering joyfully, as he himself taught us".

FE ES CREER EN EL AMOR DE DIOS QUE REDIME TODA ESCLAVITUD

 
 
Ciudad del Vaticano, 24 octubre 2012 (VIS).- La fe, su significado y su sentido en el mundo contemporáneo fueron los argumentos de la catequesis de Benedicto XVI durante la audiencia general de los miércoles, celebrada en la Plaza de San Pedro. “En nuestra época-dijo el Papa- es necesaria una educación renovada a la fe, que comprenda, ciertamente, el conocimiento de sus verdades y de los eventos de la salvación, pero que nazca,sobre todo, del encuentro verdadero con Dios en Jesucristo”.
“Hoy, junto a tantos signos de bien, crece a nuestro alrededor una especie de desierto espiritual (...) Incluso las ideas de progreso y bienestar muestran también sus sombras (...) A pesar de la grandeza de los descubrimientos de la ciencia y de la técnica, el ser humano no se ha vuelto más libre; (...) sigue habiendo explotación, violencia (...) e injusticia. Por otra parte, sin embargo, crece también el número de cuantos se sienten desorientados e, intentando ir más allá de un visión solo horizontal de la realidad creen en todo y en lo contrario de todo. En este contexto brotan algunas preguntas fundamentales: ¿Qué sentido tiene vivir? ¿Hay futuro para el ser humano (...) y para las nuevas generaciones? ¿Qué nos espera tras el umbral de la muerte?”.
De estos interrogantes emerge, observó el pontífice, que “el saber de la ciencia, aunque sea importante para la vida de la humanidad, de por sí, no basta. No necesitamos solamente el pan material; necesitamos amor, significado, esperanza y un fundamento seguro (...) que nos ayude a vivir con un sentido auténtico, también en los momentos de crisis y oscuridad y en los problemas diarios. La fe nos da precisamente ésto: el abandonarse con confianza a un “Tu”, que es Dios, y que me da una certeza diversa, pero no menos sólida de la que proviene del cálculo exacto o de la ciencia. La fe no es un mero asenso intelectual del ser humano a verdades particulares sobre Dios; es un acto por el cual me confío libremente a un Dios que es Padre y me ama (...) me da confianza y esperanza”.
“Ciertamente, esta adhesión no está desprovista de contenido: con ella somos conscientes de que Dios se ha revelado a nosotros en Cristo (...) Con el misterio de la muerte y resurrección de Cristo, Dios desciende hasta el fondo en nuestra humanidad para elevarla a su altura. La fe es creer en ese amor de Dios, que no cesa ante la maldad del ser humano, frente al mal y la muerte, sino que es capaz de redimir cualquier forma de esclavitud, dando la posibilidad de la salvación”.
“Esa posibilidad de salvación, a través de la fe, es un don que Dios ofrece a todos los hombres. Creo que tendríamos que meditar más a menudo, durante nuestra vida diaria, cargada de problemas (...) en el hecho de que creer cristianamente significa abandonarse con confianza al sentido profundo que me sostiene a mí y al mundo; ese sentido que no podemos darnos solos, sino recibirlo como don, y que es el fundamento para vivir sin miedo. Y esta certeza,libre y segura, de la fe tenemos que ser capaces de anunciarla con la palabra y demostrarla con nuestra vida de cristianos.
“En la base de nuestro camino de fe está el bautismo, el sacramento que da el Espíritu Santo, convirtiéndonos en hijos de Dios en Cristo, y que marca la entrada en la comunidad de la fe, en la Iglesia: uno no cree solo, sin la gracia de Dios, y tampoco se cree solos, sino junto con los hermanos. A partir del bautismo, todo creyente está llamado a revivir y a hacer suya esta confesión de fe, junto a sus hermanos”.
“La fe -concluyó el Santo Padre- es un don de Dios pero también un acto profundamente libre y humano (...) No es contrario ni a nuestra libertad ni a nuestra inteligencia; al contrario las involucra y exalta. (...) Creer es abandonarse, en toda libertad y con alegría, al proyecto providencial de Dios sobre la historia, como hicieron el patriarca Abraham y María de Nazaret”.
En los saludos después de la audiencia general, el Papa recordó que el pasado lunes se celebró la memoria del beato Juan Pablo II cuya figura, dijo, “está siempre viva entre nosotros” e invitó a los jóvenes a “aprender a afrontar la vida con su ardor y su entusiasmo” y a los enfermos a “llevar con alegría la cruz del sufrimiento como el mismo nos enseñó”.

CROIRE EN L'AMOUR LIBERATEUR


CROIRE EN L'AMOUR LIBERATEUR
Cité du Vatican, 24 octobre 2012 (VIS). Au cours de l'audience générale tenue Place St.Pierre, Benoît XVI a parlé de la place de la foi dans notre société, insistant sur la nécessité de relancer l'éducation à la foi, qui "comprenne les vérités du salut mais surtout naisse d'une rencontre véritable de Dieu en Jésus-Christ... De nos jours, au milieu de tant de signes positifs, le désert spirituel s'étend... Les idées mêmes de progrès et de bien-être présentent des ombres. Malgré les importantes avancées de la science et de la technique, l'homme n'apparaît pas vraiment plus libre. Il subsiste de multiples formes d'exploitation, de manipulation, de violence et d'injustice... Parallèlement croît également le nombre des personnes désorientées, désireuses de dépasser l'horizontalité du réel, disposées à croire à tout et n'importe quoi. C'est devant cette réalité que des questions fondamentales se font jour... L'homme a-t-il un avenir?... Comment nous orienter dans la vie?... Qu'y a-t-il après la mort?". Face à ces interrogations, "bien qu'importante pour la vie de l'homme, la science ne suffit pas".
"Outre le pain matériel, nous avons besoin d'amour, de sens et d'espérance, d'une base sûre...pour nous aider à vivre vraiment, y compris les moments difficiles. Or ceci nous est offert par la foi. S'abandonner au toi qu'est Dieu, qui procure espoir et confiance. Certes, cette adhésion à Dieu doit avoir un contenu, c'est à dire la certitude que Dieu s'est manifesté à nous dans le Christ... Avec la mort et la résurrection du Christ, Dieu touche le fond de notre humanité afin de nous ramener à lui et de nous élever à sa hauteur. La foi signifie croire en cet amour qui ne cesse pas, qui ne cède pas à la méchanceté humaine, ni au mal ni à la mort, et qui peut transformer tout esclavage en possibilité de salut... Cette possibilité de salut par la foi est offerte à tous par Dieu. Il nous faudrait plus souvent méditer...sur ce qui soutient nos vie et ce monde, sur le sens que nous ne saurions nous attribuer par nous mêmes mais qui nous est offert afin de vivre sans peur. Nous devons annoncer en parole et en vivant en chrétiens cette assurance libératoire et rassurante de la foi".
"A la base de notre cheminement de foi, il y a le baptême, ce sacrement qui nous communique l'Esprit, fait de nous des fils de Dieu dans le Christ et nous fait entrer dans la communauté de l'Eglise. On ne croit pas par soi même, hors de la grâce de l'Esprit, ni sans les autres. On croit avec nos frères, car après le baptême nous sommes tous appelés à revivre ensemble notre profession de foi. Si la foi est un don de Dieu, elle est également libre et humaine. Le Catéchisme de l'Eglise catholique dit clairement qu'il est impossible de croire hors de la grâce de l'Esprit, même si croire est un acte caractéristique de la nature humaine. La foi n'est contraire ni à la liberté ni à l'intelligence de l'homme. Elle l'exalte... Croire signifier s'en remettre en toute liberté au dessein providentiel de Dieu dans l'histoire, à l'image de ce que firent Abraham ou Marie".
Parmi les saluts particuliers, le Saint-Père a rappelé qu'on célébrait lundi dernier la mémoire de Jean-Paul II, "toujours bien vive parmi nous", invitant en particulier les jeunes à aborder la vie avec enthousiasme, et les malades à porter avec joie leur croix, ainsi que nous l'a montré le défunt Pape.

Il Papa: La fede è un “esodo”, un “uscire da se stessi, dalle proprie sicurezze, dai propri schemi mentali, per affidarsi all’azione di Dio


UDIENZA GENERALE: VIDEO INTEGRALE

CATECHESI DEL SANTO PADRE: AUDIO INTEGRALE

Il Papa: La fede è un “esodo”, un “uscire da se stessi, dalle proprie sicurezze, dai propri schemi mentali, per affidarsi all’azione di Dio

L’UDIENZA GENERALE, 24.10.2012


L’Udienza Generale di questa mattina si è svolta alle ore 10.30 in Piazza San Pietro dove il Santo Padre Benedetto XVI ha incontrato gruppi di pellegrini e fedeli giunti dall’Italia e da ogni parte del mondo.
Nel discorso in lingua italiana il Papa, nel nuovo ciclo di catechesi dedicato all’Anno della fede, ha incentrato la sua meditazione sulla natura della fede.
Dopo aver riassunto la Sua catechesi in diverse lingue, il Santo Padre ha rivolto particolari espressioni di saluto ai gruppi di fedeli presenti.
L’Udienza Generale si è conclusa con il canto del Pater Noster e la Benedizione Apostolica.


CATECHESI DEL SANTO PADRE IN LINGUA ITALIANA

L'Anno della fede. Che cosa è la fede?

Cari fratelli e sorelle,



mercoledì scorso, con l'inizio dell'Anno della fede, ho cominciato con una nuova serie di catechesi sulla fede.
E oggi vorrei riflettere con voi su una questione fondamentale: che cosa è la fede? Ha ancora senso la fede in un mondo in cui scienza e tecnica hanno aperto orizzonti fino a poco tempo fa impensabili? Che cosa significa credere oggi? In effetti, nel nostro tempo è necessaria una rinnovata educazione alla fede, che comprenda certo una conoscenza delle sue verità e degli eventi della salvezza, ma che soprattutto nasca da un vero incontro con Dio in Gesù Cristo, dall’amarlo, dal dare fiducia a Lui, così che tutta la vita ne sia coinvolta.
Oggi, insieme a tanti segni di bene, cresce intorno a noi anche un certo deserto spirituale. A volte, si ha come la sensazione, da certi avvenimenti di cui abbiamo notizia tutti i giorni, che il mondo non vada verso la costruzione di una comunità più fraterna e più pacifica; le stesse idee di progresso e di benessere mostrano anche le loro ombre. Nonostante la grandezza delle scoperte della scienza e dei successi della tecnica, oggi l’uomo non sembra diventato veramente più libero, più umano; permangono tante forme di sfruttamento, di manipolazione, di violenza, di sopraffazione, di ingiustizia…
Un certo tipo di cultura, poi, ha educato a muoversi solo nell’orizzonte delle cose, del fattibile, a credere solo in ciò che si vede e si tocca con le proprie mani. D’altra parte, però, cresce anche il numero di quanti si sentono disorientati e, nella ricerca di andare oltre una visione solo orizzontale della realtà, sono disponibili a credere a tutto e al suo contrario. In questo contesto riemergono alcune domande fondamentali, che sono molto più concrete di quanto appaiano a prima vista: che senso ha vivere? C’è un futuro per l’uomo, per noi e per le nuove generazioni? In che direzione orientare le scelte della nostra libertà per un esito buono e felice della vita? Che cosa ci aspetta oltre la soglia della morte?
Da queste insopprimibili domande emerge come il mondo della pianificazione, del calcolo esatto e della sperimentazione, in una parola il sapere della scienza, pur importante per la vita dell’uomo, da solo non basta. Noi abbiamo bisogno non solo del pane materiale, abbiamo bisogno di amore, di significato e di speranza, di un fondamento sicuro, di un terreno solido che ci aiuti a vivere con un senso autentico anche nella crisi, nelle oscurità, nelle difficoltà e nei problemi quotidiani. La fede ci dona proprio questo: è un fiducioso affidarsi a un «Tu», che è Dio, il quale mi dà una certezza diversa, ma non meno solida di quella che mi viene dal calcolo esatto o dalla scienza. La fede non è un semplice assenso intellettuale dell’uomo a delle verità particolari su Dio; è un atto con cui mi affido liberamente a un Dio che è Padre e mi ama; è adesione a un «Tu» che mi dona speranza e fiducia. Certo questa adesione a Dio non è priva di contenuti: con essa siamo consapevoli che Dio stesso si è mostrato a noi in Cristo, ha fatto vedere il suo volto e si è fatto realmente vicino a ciascuno di noi. Anzi, Dio ha rivelato che il suo amore verso l’uomo, verso ciascuno di noi, è senza misura: sulla Croce, Gesù di Nazaret, il Figlio di Dio fatto uomo, ci mostra nel modo più luminoso a che punto arriva questo amore, fino al dono di se stesso, fino al sacrificio totale. Con il mistero della Morte e Risurrezione di Cristo, Dio scende fino in fondo nella nostra umanità per riportarla a Lui, per elevarla alla sua altezza.
La fede è credere a questo amore di Dio che non viene meno di fronte alla malvagità dell’uomo, di fronte al male e alla morte, ma è capace di trasformare ogni forma di schiavitù, donando la possibilità della salvezza. Avere fede, allora, è incontrare questo «Tu», Dio, che mi sostiene e mi accorda la promessa di un amore indistruttibile che non solo aspira all’eternità, ma la dona; è affidarmi a Dio con l’atteggiamento del bambino, il quale sa bene che tutte le sue difficoltà, tutti i suoi problemi sono al sicuro nel «tu» della madre. E questa possibilità di salvezza attraverso la fede è un dono che Dio offre a tutti gli uomini.
Penso che dovremmo meditare più spesso - nella nostra vita quotidiana, caratterizzata da problemi e situazioni a volte drammatiche –sul fatto che ,credere cristianamente significa questo abbandonarmi con fiducia al senso profondo che sostiene me e il mondo quel senso che noi non siamo in grado di darci, ma solo di ricevere come dono, e che è il fondamento su cui possiamo vivere senza paura. E questa certezza liberante e rassicurante della fede dobbiamo essere capaci di annunciarla con la parola e di mostrarla con la nostra vita di cristiani.
Attorno a noi, però, vediamo ogni giorno che molti rimangono indifferenti o rifiutano di accogliere questo annuncio. Alla fine del Vangelo di Marco, oggi abbiamo parole dure del Risorto che dice : «Chi crederà e sarà battezzato sarà salvo, ma chi non crederà sarà condannato» (Mc 16,16), perde se stesso. Vorrei invitarvi a riflettere su questo.
La fiducia nell’azione dello Spirito Santo, ci deve spingere sempre ad andare e predicare il Vangelo, alla coraggiosa testimonianza della fede; ma, oltre alla possibilità di una risposta positiva al dono della fede, vi è anche il rischio del rifiuto del Vangelo, della non accoglienza dell’incontro vitale con Cristo. Già sant’Agostino poneva questo problema in un suo commento alla parabola del seminatore: «Noi parliamo - diceva -, gettiamo il seme, spargiamo il seme. Ci sono quelli che disprezzano, quelli che rimproverano, quelli che irridono. Se noi temiamo costoro, non abbiamo più nulla da seminare e il giorno della mietitura resteremo senza raccolto. Perciò venga il seme della terra buona» (Discorsi sulla disciplina cristiana, 13,14: PL 40, 677-678). Il rifiuto, dunque, non può scoraggiarci. Come cristiani siamo testimonianza di questo terreno fertile: la nostra fede, pur nei nostri limiti, mostra che esiste la terra buona, dove il seme della Parola di Dio produce frutti abbondanti di giustizia, di pace e di amore, di nuova umanità, di salvezza. E tutta la storia della Chiesa, con tutti i problemi, dimostra anche che esiste la terra buona, esiste il seme buono, e porta frutto.
Ma chiediamoci: da dove attinge l’uomo quell’apertura del cuore e della mente per credere nel Dio che si è reso visibile in Gesù Cristo morto e risorto, per accogliere la sua salvezza, così che Lui e il suo Vangelo siano la guida e la luce dell’esistenza? Risposta: noi possiamo credere in Dio perché Egli si avvicina a noi e ci tocca, perché lo Spirito Santo, dono del Risorto, ci rende capaci di accogliere il Dio vivente. La fede allora è anzitutto un dono soprannaturale, un dono di Dio. Il Concilio Vaticano II afferma: «Perché si possa prestare questa fede, è necessaria la grazia di Dio che previene e soccorre, e sono necessari gli aiuti interiori dello Spirito Santo, il quale muova il cuore e lo rivolga a Dio, apra gli occhi della mente, e dia “a tutti dolcezza nel consentire e nel credere alla verità”» (Cost. dogm. Dei Verbum, 5). Alla base del nostro cammino di fede c’è il Battesimo, il sacramento che ci dona lo Spirito Santo, facendoci diventare figli di Dio in Cristo, e segna l’ingresso nella comunità della fede, nella Chiesa: non si crede da sé, senza il prevenire della grazia dello Spirito; e non si crede da soli, ma insieme ai fratelli. Dal Battesimo in poi ogni credente è chiamato a ri-vivere e fare propria questa confessione di fede, insieme ai fratelli.
La fede è dono di Dio, ma è anche atto profondamente libero e umano.
Il Catechismo della Chiesa Cattolica lo dice con chiarezza: «È impossibile credere senza la grazia e gli aiuti interiori dello Spirito Santo. Non è però meno vero che credere è un atto autenticamente umano. Non è contrario né alla libertà né all’intelligenza dell’uomo» (n. 154). Anzi, le implica e le esalta, in una scommessa di vita che è come un esodo, cioè un uscire da se stessi, dalle proprie sicurezze, dai propri schemi mentali, per affidarsi all’azione di Dio che ci indica la sua strada per conseguire la vera libertà, la nostra identità umana, la gioia vera del cuore, la pace con tutti. Credere è affidarsi in tutta libertà e con gioia al disegno provvidenziale di Dio sulla storia, come fece il patriarca Abramo, come fece Maria di Nazaret.
La fede allora è un assenso con cui la nostra mente e il nostro cuore dicono il loro «sì» a Dio, confessando che Gesù è il Signore. E questo «sì» trasforma la vita, le apre la strada verso una pienezza di significato, la rende così nuova, ricca di gioia e di speranza affidabile.
Cari amici, il nostro tempo richiede cristiani che siano stati afferrati da Cristo, che crescano nella fede grazie alla familiarità con la Sacra Scrittura e i Sacramenti. Persone che siano quasi un libro aperto che narra l’esperienza della vita nuova nello Spirito, la presenza di quel Dio che ci sorregge nel cammino e ci apre alla vita che non avrà mai fine. Grazie.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

As Visões e êxtases do Padre João Batista Reus.

PADRE JOÃO BATISTA REUS. SJ.
Eis um breve relato de algumas visões do padre Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa.
Este sacerdote teve, a graça de ver sem véu o que acontece de sobrenatural durante a celebração da Santa Missa (O SANTO SACRIFÍCIO), celebrada por qualquer Sacerdote ordenado. A Santa Missa um mar de graças; o Sacerdote , outro Cristo.
Deus escolheu este sacerdote para mostrar a todos os sacerdotes e a todo povo cristão, quanto Deus os ama e espera ser correspondido.
O padre Reus viu tudo o que acontece de maneira invisível (mística) em cada ato de qualquer sacerdote ordenado ao celebrar os Santos Mistérios. Mesmo que nossos olhos humanos não vejam, mas acontece tudo real e vivo necessário a nossa salvação.
No seu diário em 22 de Julho de 1938 escreveu:
2310 - ...“Minha vida tem uma única finalidade: mostrar como o divino amigo dos sacerdotes ama os seus ministros e os encera em seu coração”. Deles espera amor ardente.
As Visões e êxtases do Padre João Batista Reus.

As visões Sobrenaturais
reveladas ao Padre Reus e
que acontece em cada Santa Missa.
(Retiradas do seu diário.)
1. O padre provincial aprova os fenômenos Místicos.
1392 – 11 de março de 1933. Pouco antes da Comunhão, na ação de graças, fiquei todo em chamas, da cabeça aos pés. Não vi as chamas apenas no coração, mas também saindo do peito. Hoje de manhã, logo ao levantar-me, ofereci o meu coração em chamas ao Sagrado Coração de Jesus como se fosse um coração nupcial 48.
48 - Referência ao Cântico dos Cânticos da Sagrada Escritura. A partir desse dia, começa a ilustrar o texto dos relatórios dos fenômenos místicos com desenhos, feitos a bico de pena. Ao todo são 1.184. São considerados uma raridade em obras místicas.
2. O Fogo da Cruz.
1736 – 1º de abril de 1936. O fogo da cruz, de ontem, ainda ardeu hoje, durante a visita das 9h, e continua ardendo. À tarde, pelas 2h, como de costume, rezei o breviário na capela. Por causa do ardor, descobri o peito na altura do coração e, assim, terminei de rezar o breviário. Às 6h, visita (quarta-feira, na semana da Paixão). A cruz do fogo, que ainda vejo em mim, expandiu-se nas quatro partes do coração, colocando todo o meu perfil numa grande cruz de fogo. Assim, fiquei, por pouco tempo, em pé, diante do Santíssimo, de braços erguidos. À noite, veio-me o pensamento se é essa a cruz que o Amado Salvador me concede, a meu pedido diário, de morrer por Ele na cruz?
1744 – 9 de abril de 1936. Quinta-Feira Santa. Às 11h fiz visita ao Santíssimo Sacramento. De repente, irrompeu o ardor de amor. Tive que levantar-me e estender os braços. Nisso, vi uma poderosa chama expandir-se desde o interior e, em vez da cruz simples, envolveu-me totalmente. Depois a chama se modificou e da cruz de fogo saíam chamas de fogo ondulantes para o alto. Torci-me de um lado para o outro, a fim de me livrar delas. Em vão. À 1h45min, eu estava na capela doméstica. Vi a pequena cruz de chamas em mim, mas não percebi nenhum ardor diante da grande cruz. Acrescento isso, para demonstrar que essas coisas não dependem de mim. Também ontem, durante a visita, pensava que o ardor que já sentia, poderia novamente levar à grande cruz do fogo. Apesar dessa minha lembrança, ela não se manifestou.
3. Sagrado coração de Jesus; o sol da minha vida.
1784 – 20 de julho de 1936. Quando, durante a oração da terça, cheguei à palavra “sol”, vi meu coração no meio de um sol. Resisti. Em vão. Rezo o breviário desde 1892. Jamais imaginei algo semelhante. Não posso suprimir isso. Preciso escrevê-lo. Que seja em honra do Sagrado Coração de Jesus, o sol de minha vida.

1785 – 21 de julho de 1936. Ontem à tarde, estive deitado, doente. Vi, de repente, como o sol, em que se encontrava meu coração, aumentou e me cercou totalmente. Disse para mim mesmo: Cuidarei de não dar valor a isso. Mas era mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Vi-me cercado pelo sol, às vezes mais claro, outras menos. Também hoje de manhã, percebi que não poderia evitar isto. Durante a Missa, aconteceu a mesma coisa. Mas, de modo especial, quando coloquei o paramento para distribuir a Comunhão aos seminaristas. Isso eu também tive que desenhar. Sou realmente escravo do Sagrado Coração de Jesus. Devo fazer o que ele quer.
4. Vi-me no Sagrado Coração de Jesus.
1786 – 22 de julho de 1936. Dulcíssimo Coração de Jesus. Ontem à tarde, enquanto rezava o breviário na capela, vi, em vez do sol, o Sagrado Coração de Jesus, que me cercava. Já há muitos anos que era incluído no Sagrado Coração de Jesus. Mas agora se acrescentava uma diferença. Vi-me no Sagrado Coração de Jesus como num mar de chamas e, isso, na santa Missa e depois dela. Talvez a razão disso seja meu comportamento na Comunhão. Como vejo meu coração em chamas ardentes, digo ao amável Salvador: Vem Tu para esse ardor de chamas. Ou também: Tu vês como Te amo. Pois Tu mesmo estás no meio desse ardor. Ontem recebi a solução do grande problema da Ir. Antônia. A Ir. X fez uma declaração, justificando, assim, meu procedimento. Minha confiança na bondade do Sagrado Coração de Jesus se tornou ainda maior. Durante meses, prolongou-se a luta sobre a veracidade das revelações da Irmã Antônia. Não queriam admiti-las como possíveis. O desfecho confirma que o assunto não só é possível, mas corresponde à realidade, exatamente como afirmavam as revelações.
1849 – 23 de janeiro de 1937. Quando fui da sacristia ao altar, vi-me como uma única chama de fogo. Igualmente, não tive paz, enquanto não tinha escrito e feito o desenho. Que tudo seja para a maior glória do Sagrado Coração de Jesus, fonte dessas graças. Ele as dá para mim segundo sua vontade, não porque eu as tenha merecido de alguma forma. Infelizmente. Mas, se servir para glorificá-lo, tudo bem.
5. Na Santa Hóstia, a Face do Salvador.
1866 – 21 de março de 1937. Comunhão. Expansisoração com as mãos estendidas para o alto por bastante tempo. Depois da Consagração da santa Hóstia, vi na mesma o santo rosto do amável Salvador. Também, há pouco tempo, vi, de repente, na santa Hóstia, o seu santo rosto. Mas não dei importância, embora me chamasse muito a atenção. Hoje, no entanto, parece excluída qualquer dúvida. Também tive que fazer o desenho. Não adianta resistir. Mas o desenho é um tanto inexato, na medida em que o rosto ocupava um espaço um pouco maior. Mas, no geral, está exato. Também na Comunhão, vi o rosto santo.
6. Medianeira de Todas as Graças.
1899 – 5 de junho de 1937. A comunhão tocou como fogo ardente o meu coração. A visão que, ontem, me havia causado dúvidas, está hoje quase continuamente visível: meu coração unido ao Sagrado Coração de Jesus, com chamas irrompendo para o alto. Portanto, também ontem foi verdadeira. Quando, hoje, vestia os paramentos na sacristia, para ajudar a distribuir a Comunhão na Missa dos alunos, pedi ao amável Salvador, como costume fazê-lo, que Ele me vestisse na sua pureza, para que eu fosse menos indigno de distribuir os santos mistérios. Tinha acabado de vestir a alva e fechava o cordão na frente, puxando os paramentos para arrumá-los um pouco mais, quando, de repente, a amável Mãe de Deus estava à minha frente, ajudando-me com suas próprias mãos. Ela procedia como faz, por exemplo, uma mãe para com seu filho, que se vestiu e a quem, de pé diante dele, ela ainda ajeita um ou outro pormenor. Tudo foi questão de um momento. Ela mostrou-se, portanto, como a Medianeira das graças. Nesse momento eu nem tinha pensando nela, e não alimentaria tal pretensão.
1924– 21 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 17 de julho, até ficar como cerca derretida. Na hora da Comunhão, manifestou-se forte ardor, mas internamente, de forma não visível. Ao dar a última bênção, vi, de repente, saírem chamas de fogo da minha mão que abençoava. Tive que fazer o desenho. O Sagrado Coração de Jesus me pede, de modo que não posso resistir.
1925 – 22 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 17 de julho, até ficar como cera derretida. Na comunhão, manifestou-se forte ardor. Na última benção, lembrei-me das chamas que eu vi ontem. Hoje, não vi nada. Mas depois da Missa, vi sair do meu coração uma longa chama abrindo-se para o lado como uma língua de fogo; finalmente, vi meu coração em chamas e, sobre ele, uma cruz de fogo. O que significaria isto? Certamente a regra 11 Insignibus et vestibus Domini indui. Victina tuis amoris!Vesti as insígnias e as vestes do Senhor. Vítima do teu amor! À tarde, na visita ao Santíssimo, vi meu coração em meio a uma grande chama. O Sagrado Coração assim o quer e pede que eu faça o desenho. Desejo não iludir a mim mesmo. Mas o que vou fazer?

2249 – 21 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Ao afastar-me do altar, fiquei em fogo. Durante a Ação de Graças, vi brotar novamente chamas do fundo do meu coração. E se transformou num outro mar de fogo. Vi em meu interior o fogo intenso do amor, como um imenso ardor solar, da mesma forma, como ele se apresenta na realidade, em constantes ondas, incandescência e borbulhar; no meio desta bola de fogo, o meu coração todo impregnado desse ardor. Eu escrevo e desenho o que e como o Divino Salvador quer.
2252 – 24 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Ouvi as palavras da Consagração. Durante uma confissão, em meu quarto, vi a mão luminosa do Divino Salvador em minha mão, que se ergueu e deu a bênção comigo. Ouvi as palavras da absolvição, que Ele pronunciou em mim e comigo. Logo a seguir, vieram dois outros penitentes, com os quais se repetiu a mesma coisa, com alguns detalhes a mais. Com o terceiro, isso se manifestou de maneira mais expressiva. Ouvi toda a oração do Misereatur até o fim, pronunciada pelo Divino Salvador em mim e comigo. Vi também sua santa mão luminosa em minha mão, dando a bênção. Vi como da minha mão, principalmente da chaga da mão, saíam chamas de fogo sobre o penitente e como, na oração Ego te absolvoeu te absolvo, saía uma chama de fogo da minha boca sobre o coirmão penitente60. Eu tive que me esforçar para dominar o meu próprio ardor, que irrompeu do meu interior quando o coirmão se afastou. Eu estava certo de que, após as visões dos últimos dias, não viria mais nada, ao menos não agora. De repente, sobreveio nova manifestação de ardor. O que eu posso fazer? Devo fazer o desenho. Ele o quer.
60 Vários penitentes perceberam que o Pe. Reus alterava a voz, quando dava a absolvição. A causa estava nesse fenômeno místico e na emoção do confessor, que se julgava indigno de tão grandes graças.
2253 – 25 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Já por duas vezes, o Divino Salvador esteve junto à minha saudação de amor, que Ele, como esposo de minha alma, recebia em primeiro lugar. Ele também não me deixa descansar, enquanto eu não tenho anotado as demonstrações do seu amor.
2254 – 26 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Estive em fogo como no dia anterior. Durante a madrugada, o Divino Salvador esteve novamente junto à minha cama. Na Comunhão, fiquei de braços estendidos, em silêncio, por longo tempo. Mais de 24 horas resisti a fazer o desenho representando o divino Salvador parado junto à minha cama. Opunha como argumentos, a minha impotência, a minha inutilidade, a minha estranheza. Tudo em vão. Sempre e sempre de novo e de maneira mais suave, mas irresistível, vime forçando a ceder. Eu o faço, porque não posso mais duvidar da veracidade. Ele mesmo é quem me ordena. Por quê? Não o compreendo. Só uma ou outra vez pareceu-me que me dizia: “Queres, então, menosprezar a minha graça”? Nestes dias, sobreveio-me novamente o ardor, durante a bênção do Santíssimo. Começou no início da exposição do Santíssimo e terminou no final da mesma. Também na igreja paroquial, eu vi, durante a absolvição, como uma chama de fogo saía da minha boca sobre o penitente.
2255 – 28 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Enquanto ouvia as confissões na igreja paroquial, vi durante a absolvição uma chama saindo de mim e indo sobre o penitente. Uma, na palavra Patris - Pai, uma segunda, na palavra Filii - Filho e uma terceira, na palavra Spiritus Sancti – Espírito Santo. Isto mostra claramente que no Sacramento da Penitência, a Santíssima Trindade toma parte ativa. Este desenho eu fiz, porque eu devo. Hoje tive, novamente, dor de cabeça.

2257 – 30 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Depois do Pai Nosso, vi saírem da santa Hóstia raios ofuscantes, de modo que o meu rosto me pareceu todo iluminado. Fechei os olhos seguidas vezes, para assegurar-me de que não era ilusão, talvez também porque eu não conseguia suportar a luz ofuscante. Como cometi, por causa disso, um pequeno erro litúrgico, contra as rubricas, concentrei toda a minha atenção para não mais observar os raios. O desenho eu tive que fazer, conforme sua santa vontade.


2258 – 31 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Quando, na hora do Ofertório, fiz o sinal da cruz sobre as ofertas, vi saírem da minha mão raios sobre o cálice. O mesmo vi, novamente, logo antes da Consagração. Ouvi com toda a clareza as palavras, que o Divino Salvador disse, em mim e juntamente comigo. Vi sua mão luminosa em minha mão e senti o seu braço ao levantar o cálice. Na absolvição, durante a confissão, vi uma chama de fogo saindo da minha mão e passando para o penitente, ao pronunciar as palavras “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Eu devo escrever isso. Meu Jesus, tem piedade de mim. Eu não sei como isso terminará. Quando caí no chão, no meu quarto, devido ao ardor de amor, senti outra vez, e de maneira dolorosa, principalmente a chaga do coração.

2259 – 1º de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Quando, no término da distribuição da Comunhão, antes da Missa, dei a bênção, vi saírem chamas da minha mão. Como no dia anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi fogo ardendo de diversas maneiras. Uma parte principal consistia nas chamas ao redor de um coração de fogo. Eu desenho isso, porque devo. Durante a celebração de um batismo, vi fogo saindo da minha mão, ao impô-la sobre a cabecinha da criança. O amável Salvador quer que eu faça o desenho, embora eu tenha tido um pouco de resistência.
2260 – 2 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Durante a distribuição da Comunhão, antes da Missa, quando eu trazia a santa Hóstia na mão, vi, de repente, um sol se formando ao redor da santa Hóstia. Aumentava rapidamente, até alcançar o cibório. No Ofertório do pão, erguerem-se chamas de ambas as mãos, que seguravam a patena. Ao fazer o sinal da cruz, depois da Consagração, vi, igualmente, saírem chamas de minhas mãos em direção ao cálice. Eu jamais teria pensado numa coisa dessas. Afinal, a fonte da bênção é Jesus, pessoalmente presente. Mas na reflexão, já que não posso negar as chamas nem as posso silenciar, tive que aceitar a autenticidade. A bênção, abstraindo-se de qualquer outro significado, vale, neste caso, não só porque ela pertence ao corpo sacramental, mas também por força do corpo místico de Cristo, e, para os que crêem, tem seu significado virtutem crucis – em virtude da cruz, como diz S. Tomás. Esta visão, que me deixou desconfiado, serve justamente como prova de que minha fantasia não é fonte de tudo isso. Eu vi, além disso, a mão luminosa do Divino Salvador, não só na Consagração, mas também quando, depois da Comunhão, purificava o cálice. Quando me confessei, vi como da mão do confessor saíam chamas sobre mim. À tarde, tive que me deitar por causa da dor de cabeça. Depois de mais ou menos 25 minutos de paciente entrega, senti, repentinamente, tão forte ardor de amor, que tive que abrir a batina na altura do coração. Depois, doía-me a chaga do coração de tal maneira, que eu gritei um prolongado Ai! Uma segunda vez, sobreveio esta dor repentina e mais uma vez eu gritei e pressionei o local onde sentia a chaga. Pela primeira vez eu irrompi em tal grito de dor.
2261 – 3 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Na Comunhão, expantisoração de braços abertos, mas por breve tempo. Ao rezar o Glória e o Credo, vi sair de minha boca cada palavra como chamas de fogo, que se elevam para as alturas diante da face de Deus. Fiz o desenho, só porque o Divino Salvador o queria. Ao ouvir confissões na igreja paroquial, vi repetidas vezes, ao fazer o sinal da cruz, durante a absolvição sacramental, como saía uma intensa chama de fogo da minha mão, abençoando o penitente. Eu queria omitir isso. Mas não há paz, enquanto não estiver escrito e desenhado. Ele mesmo o quer.

7. Vulcão de Chamas
2262 – 4 de junho de 1938. Vigília de Pentecostes. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. No meio do fogo, e com o coração em fogo, eu me dirigi para o altar. Qualquer tentativa de resistência levava ao efeito contrário, isto é, o ardor se inflamava ainda mais. Como de costume, distribuí a Comunhão antes da Missa. Então, eu vi sair da santa Hóstia uma chama ardente, e eu distribuía esta Hóstia em chamas aos que recebiam a Comunhão. Eu tentava, desfazer-me desta visão. Em vão. Na elevação do Santíssimo Sangue, vi chamas brotarem o cálice. Durante a leitura de ambos os evangelhos, vi, numa parte expressiva das palavras, as mesmas saírem como chamas da minha boca e elevarem-se para o alto. Na Ação de Graças, todo o meu interior era, de novo, um ardente e ativo vulcão de chamas de amor e de ondas de amor, que brotavam do mais profundo abismo do meu coração e se sucediam ininterruptamente.
2264 – 6 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi meu coração como um vulcão chamejante, de modo que ofereci ao Divino Salvador meu amor pareciam-me, não como pequenas chamas, mas como grandes ondas de chamas, nuvens de amor, que saíam do meu coração e subiam um após outra. Era como uma erupção vulcânica, que para mim é coisa impossível de imaginar. Eu jamais teria chegado a tal idéia e nunca teria ousado apresentar ao meu Deus e Senhor, no momento mais sagrado, uma coisa destas. Também recebi outras graças. Durante um batismo, ouvi como o Divino Salvador pronunciou a oração, em mim e comigo.
O ardor do amor persistiu até eu guardar o Santíssimo no sacrário.
2278 – Nas orações antes da Comunhão, vi meus anseios saindo da minha boca e transformar-se na santa Hóstia, quanto consigo me lembrar, em forma de chamas de amor. Depois da Comunhão, expansisoração de braços abertos, violento ardor de amor, e eu fiquei com o corpo em movimento. Ao tomar o Santíssimo Sangue, vi todo o meu corpo transformando em fogo. Na Ação de Graças, ardor, fogo, chamas muito intensas do fundo do meu coração. Então fui para a igreja paroquial, a fim de ouvir confissões. Ao ouvir um determinado pecado, veio-me mais ou menos esta palavra: Nós somos uma raça miserável. Senti profunda compaixão. Como o Divino Salvador é ofendido! De repente, as lágrimas caíram de meus olhos, lágrimas de amor cordial, de íntima compaixão e sincera tristeza. Por isso, tive de interromper momentaneamente as confissões para enxugar as lágrimas. Na meditação da manhã, vi, novamente, meus atos de amor subirem como sóis de fogo. O mesmo na Ação de Graças, mas durante pouco tempo.
Salvador. Ele fará tudo corretamente. Na Ação de Graças, ardor, amor vulcânico, mas durante breve tempo.
2284 – 25 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Quando, no começo da Missa, distribuía a Comunhão, vi subir da pequena Hóstia que eu segurava na mão, outra chama em meio a uma chama maior, que provinha do cibório. Olhei bem, porque depois me viriam dúvidas. No entanto, não restava dúvida, a chama ardia. Estive em fogo como no dia anterior. Nas orações, as palavras eram como fogo e sóis fogo. Resisti, para não ficar distraído. Não adiantou nada. As chamas estavam presentes. Também outras graças se repetiram. Na Ação de Graças, um vulcão de amor, ardor, sóis de fogo.

2286 – 27 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. De manhã, quando fui à capela, vi o altar em chamas. Uma chama avançava com força e saía da pedra do altar. Olhei com atenção. Como no dia anterior, estive em fogo. Durante a santa Missa, houve repetições de fenômenos, dos sóis de fogo que, nas palavras de algumas orações, projetavam-se para o alto. Na Ação de Graças, tudo em fogo, vulcão de amor. Nisso, manifestaram-se novamente os sóis de fogo, que brotavam do meu coração, acompanhados de chamas de fogo. Certa vez, vi, como sinal da presença de Jesus em mim, a santa Hóstia em meu coração rodeada de chamas. Devo escrever isso e fazer o desenho. Jesus, tem de piedade de mim. Eu seria completamente incapaz de inventar variedade de fatos.

2291 – 2 de julho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Durante a santa Missa, vi as palavras em diversas partes, por exemplo, na oração ao pé do altar, como sóis de fogo que saíam da minha boca. Na Ação de Graças, vulcão de amor. Novamente, vi sóis de fogo, bem maiores do que a área do meu coração. São os atos de amor. Também vi a oração do breviário, em forma de sóis de fogo, sair da minha boca. Em oposição às blasfêmias, pelas quais a Divina Majestade de Deus e o Sagrado Coração de Jesus são tão profundamente ofendidos e entristecidos, consolam o Divino Salvador as divinas palavras do breviário, glorificam a infinita grandeza e majestade de Deus. Depois, vi, também, outras orações subirem de maneira idêntica da minha boca para Deus. Creio que isto é menos do que aquilo que eu vi. Eu confio na infinita bondade do Sagrado Coração de Jesus, que não me tornarei vítima de uma ilusão.

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