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As visões Sobrenaturais  
reveladas ao Padre Reus e  
que acontece em cada Santa Missa. 
  
(Retiradas do seu diário.) 
  
  
  
1. O padre provincial  aprova os fenômenos Místicos. 
  
  
 1392 – 11 de março de 1933. Pouco antes  da Comunhão, na ação de graças, fiquei todo em chamas, da cabeça aos pés. Não vi  as chamas apenas no coração, mas também saindo do peito. Hoje de manhã, logo ao  levantar-me, ofereci o meu coração em chamas ao Sagrado Coração de Jesus como se  fosse um coração nupcial 48. 
  
48 - Referência ao Cântico dos Cânticos da Sagrada  Escritura. A partir desse dia, começa a ilustrar o texto dos relatórios dos  fenômenos místicos com desenhos, feitos a bico de pena. Ao todo são 1.184. São  considerados uma raridade em obras místicas. 
  
  
  
2. O Fogo da  Cruz. 
  
  
 1736 – 1º de abril de 1936. O fogo da  cruz, de ontem, ainda ardeu hoje, durante a visita das 9h, e continua ardendo. À  tarde, pelas 2h, como de costume, rezei o breviário na capela. Por  causa do ardor, descobri o peito na altura do coração e, assim, terminei de  rezar o breviário. Às 6h, visita (quarta-feira, na semana da Paixão). A cruz do  fogo, que ainda vejo em mim, expandiu-se nas quatro partes do coração, colocando  todo o meu perfil numa grande cruz de fogo. Assim, fiquei, por pouco tempo, em  pé, diante do Santíssimo, de braços erguidos. À noite, veio-me o pensamento se é  essa a cruz que o Amado Salvador me concede, a meu pedido diário, de morrer por  Ele na cruz? 
  
  
 1744 – 9 de abril de 1936.  Quinta-Feira Santa. Às 11h  fiz visita ao  Santíssimo Sacramento. De repente, irrompeu o ardor de amor. Tive que  levantar-me e estender os braços. Nisso, vi uma poderosa chama expandir-se desde  o interior e, em vez da cruz simples, envolveu-me totalmente. Depois a chama se  modificou e da cruz de fogo saíam chamas de fogo ondulantes para o alto.  Torci-me de um lado para o outro, a fim de me livrar delas. Em vão. À 1h45min,  eu estava na capela doméstica. Vi a pequena cruz de chamas em mim, mas não  percebi nenhum ardor diante da grande cruz. Acrescento isso, para demonstrar que  essas coisas não dependem de mim. Também ontem, durante a visita, pensava que o  ardor que já sentia, poderia novamente levar à grande cruz do fogo. Apesar dessa  minha lembrança, ela não se manifestou. 
  
  
  
3. Sagrado coração de  Jesus; o sol da minha vida. 
  
  
 1784 – 20 de julho de 1936. Quando,  durante a oração da terça, cheguei à palavra “sol”, vi meu coração no meio  de um sol. Resisti. Em vão. Rezo o breviário desde 1892. Jamais imaginei  algo semelhante. Não posso suprimir isso. Preciso escrevê-lo. Que seja em honra  do Sagrado Coração de Jesus, o sol de minha vida.  
  
  
  
  
  
 1785 – 21 de julho de 1936. Ontem à  tarde, estive deitado, doente. Vi, de repente, como o sol, em que se encontrava  meu coração, aumentou e me cercou totalmente. Disse para mim mesmo: Cuidarei de  não dar valor a isso. Mas era mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Vi-me  cercado pelo sol, às vezes mais claro, outras menos. Também hoje de manhã,  percebi que não poderia evitar isto. Durante a Missa, aconteceu a mesma coisa.  Mas, de modo especial, quando coloquei o paramento para distribuir a  Comunhão aos seminaristas. Isso eu também tive que desenhar. Sou  realmente escravo do Sagrado Coração de Jesus. Devo fazer o que ele  quer. 
  
  
  
  
            4. Vi-me  no Sagrado Coração de Jesus. 
   
  
 1786 – 22 de julho de 1936. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Ontem à tarde, enquanto rezava o breviário na  capela, vi, em vez do sol, o Sagrado Coração de Jesus, que me cercava.  Já há muitos anos que era incluído no Sagrado Coração de Jesus. Mas agora se  acrescentava uma diferença. Vi-me no Sagrado Coração de Jesus como num mar de  chamas e, isso, na santa Missa e depois dela. Talvez a razão disso  seja meu comportamento na Comunhão. Como vejo meu coração em  chamas ardentes, digo ao amável Salvador: Vem Tu para esse ardor de chamas. Ou  também: Tu vês como Te amo. Pois Tu mesmo estás no meio desse  ardor. Ontem recebi a solução do grande problema da Ir. Antônia. A Ir. X  fez uma declaração, justificando, assim, meu procedimento. Minha confiança na  bondade do Sagrado Coração de Jesus se tornou ainda maior. Durante meses,  prolongou-se a luta sobre a veracidade das revelações da Irmã Antônia. Não  queriam admiti-las como possíveis. O desfecho confirma que o assunto não  só é possível, mas corresponde à realidade, exatamente como  afirmavam as revelações. 
  
  
  
  
 1849 – 23 de janeiro de 1937. Quando fui da  sacristia ao altar, vi-me como uma única chama de fogo. Igualmente, não  tive paz, enquanto não tinha escrito e feito o desenho. Que tudo seja para a  maior glória do Sagrado Coração de Jesus, fonte dessas graças. Ele as dá para  mim segundo sua vontade, não porque eu as tenha merecido de alguma forma.  Infelizmente. Mas, se servir para glorificá-lo, tudo bem. 
  
  
  
5. Na Santa Hóstia,  a Face do Salvador. 
  
 1866 – 21  de março de 1937. Comunhão. Expansis – oração com as mãos  estendidas para o alto por bastante tempo. Depois da Consagração da  santa Hóstia, vi na mesma o santo rosto do amável Salvador.  Também, há pouco tempo, vi, de repente, na santa Hóstia, o seu santo rosto. Mas  não dei importância, embora me chamasse muito a atenção. Hoje, no entanto,  parece excluída qualquer dúvida. Também tive que fazer o desenho. Não adianta  resistir. Mas o desenho é um tanto inexato, na medida em que o rosto ocupava um  espaço um pouco maior. Mas, no geral, está exato. Também na Comunhão, vi o rosto  santo. 
  
  
6. Medianeira de Todas as Graças. 
  
  
 1899 – 5 de  junho de 1937. A comunhão tocou como fogo ardente o meu coração. A visão que,  ontem, me havia causado dúvidas, está hoje quase continuamente visível: meu  coração unido ao Sagrado Coração de Jesus, com chamas irrompendo para o alto.  Portanto, também ontem foi verdadeira. Quando, hoje, vestia os paramentos  na sacristia, para ajudar a distribuir a Comunhão na Missa dos alunos,  pedi ao amável Salvador, como costume fazê-lo, que Ele me vestisse na sua  pureza, para que eu fosse menos indigno de distribuir os santos  mistérios. Tinha acabado de vestir a alva e fechava o cordão na frente,  puxando os paramentos para arrumá-los um pouco mais, quando, de repente, a  amável Mãe de Deus estava à minha frente, ajudando-me com suas próprias mãos.  Ela procedia como faz, por exemplo, uma mãe para com seu filho, que se vestiu e  a quem, de pé diante dele, ela ainda ajeita um ou outro pormenor. Tudo foi  questão de um momento. Ela mostrou-se, portanto, como a Medianeira das graças. Nesse momento eu nem  tinha pensando nela, e não alimentaria tal pretensão. 
  
  
  
  
 1924– 21 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 17 de  julho, até ficar como cerca derretida. Na hora da Comunhão, manifestou-se forte  ardor, mas internamente, de forma não visível. Ao dar a última bênção, vi,  de repente, saírem chamas de fogo da minha mão que abençoava. Tive que  fazer o desenho. O Sagrado Coração de Jesus me pede, de modo que não posso  resistir. 
  
  
  
   
 1925 – 22 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de  Jesus. O mesmo que no dia 17 de julho, até ficar como cera derretida. Na  comunhão, manifestou-se forte ardor. Na última benção, lembrei-me das chamas que  eu vi ontem. Hoje, não vi nada. Mas depois da Missa, vi sair do meu coração uma  longa chama abrindo-se para o lado como uma língua de fogo; finalmente, vi meu  coração em chamas e, sobre ele, uma cruz de fogo. O que significaria isto?  Certamente a regra 11 Insignibus et  vestibus Domini indui. Victina tuis amoris! – Vesti as insígnias e as  vestes do Senhor. Vítima do teu amor! À tarde, na visita  ao Santíssimo, vi meu coração em meio a uma grande chama. O Sagrado Coração  assim o quer e pede que eu faça o desenho. Desejo não iludir a mim mesmo. Mas o  que vou fazer? 
  
  
  
  
   
 2249 – 21 de maio de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo.  Ao afastar-me do altar, fiquei em fogo. Durante a Ação de Graças, vi brotar  novamente chamas do fundo do meu coração. E se transformou num outro mar de  fogo. Vi em meu interior o fogo intenso do amor, como um imenso ardor solar, da  mesma forma, como ele se apresenta na realidade, em constantes ondas,  incandescência e borbulhar; no meio desta bola de fogo, o meu coração todo  impregnado desse ardor. Eu escrevo e desenho o que e como o Divino Salvador  quer. 
  
  
  
  
 2252 – 24  de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Ouvi as  palavras da Consagração. Durante  uma confissão, em  meu quarto, vi a mão luminosa do Divino Salvador em minha mão, que se ergueu e  deu a bênção comigo. Ouvi as palavras da absolvição, que Ele pronunciou em mim e  comigo. Logo a seguir, vieram dois outros penitentes, com os quais se  repetiu a mesma coisa, com alguns detalhes a mais. Com o terceiro, isso se  manifestou de maneira mais expressiva. Ouvi toda a oração do Misereatur até o fim, pronunciada pelo  Divino Salvador em mim e comigo. Vi também sua santa mão  luminosa em minha mão, dando a bênção. Vi como da minha mão,  principalmente da chaga da mão, saíam chamas de fogo sobre o penitente e como,  na oração Ego te absolvo – eu te absolvo, saía uma  chama de fogo da minha boca sobre o coirmão penitente60. Eu  tive que me esforçar para dominar o meu próprio ardor, que irrompeu do meu  interior quando o coirmão se afastou. Eu estava certo de que, após as visões dos  últimos dias, não viria mais nada, ao menos não agora. De repente, sobreveio  nova manifestação de ardor. O que eu posso fazer? Devo fazer o desenho. Ele o  quer. 
  
60  Vários penitentes perceberam que o Pe. Reus alterava a voz, quando dava a  absolvição. A causa estava nesse fenômeno místico e na emoção do confessor, que  se julgava indigno de tão grandes graças. 
  
  
 2253 – 25 de maio de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Já  por duas vezes, o Divino Salvador esteve junto à minha saudação de amor, que  Ele, como esposo de minha alma, recebia em primeiro lugar. Ele também não me  deixa descansar, enquanto eu não tenho anotado as demonstrações do seu  amor. 
  
  
  
 2254 – 26  de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem,  no dia 2.5. Estive  em fogo como no dia anterior. Durante a madrugada, o Divino Salvador esteve  novamente junto à minha cama. Na Comunhão, fiquei de braços estendidos, em  silêncio, por longo tempo. Mais de 24 horas resisti a fazer o desenho  representando o divino Salvador parado junto à minha cama. Opunha como  argumentos, a minha impotência, a minha inutilidade, a minha estranheza. Tudo em  vão. Sempre e sempre de novo e de maneira mais suave, mas irresistível, vime  forçando a ceder. Eu o faço, porque não posso mais duvidar da veracidade. Ele  mesmo é quem me ordena. Por quê? Não o compreendo. Só uma ou outra vez  pareceu-me que me dizia: “Queres, então, menosprezar a minha  graça”? Nestes dias, sobreveio-me novamente o ardor, durante a  bênção do Santíssimo. Começou no início da exposição do Santíssimo e  terminou no final da mesma. Também na igreja paroquial, eu vi, durante a  absolvição, como uma chama de fogo saía da minha boca sobre o  penitente. 
  
  
  
  
 2255 – 28 de maio de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Enquanto ouvia as confissões na igreja  paroquial, vi durante a absolvição uma chama saindo de mim e indo sobre o  penitente. Uma, na palavra Patris - Pai, uma segunda, na palavra Filii - Filho e uma terceira, na palavra Spiritus Sancti – Espírito  Santo. Isto  mostra claramente que no Sacramento da Penitência, a Santíssima Trindade  toma parte ativa. Este desenho eu fiz, porque eu devo. Hoje tive,  novamente, dor de cabeça. 
  
  
  
  
  
  
 2257 – 30 de maio de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Depois do Pai Nosso, vi saírem da  santa Hóstia raios ofuscantes, de modo que o meu rosto me pareceu todo  iluminado. Fechei os olhos seguidas vezes, para assegurar-me de que não era  ilusão, talvez também porque eu não conseguia suportar a luz ofuscante. Como  cometi, por causa disso, um pequeno erro litúrgico, contra as rubricas,  concentrei toda a minha atenção para não mais observar os raios. O desenho eu  tive que fazer, conforme sua santa vontade. 
  
  
  
  
  
  
 2258 – 31 de maio de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Quando, na hora do Ofertório, fiz  o sinal da cruz sobre as ofertas, vi saírem da minha mão raios sobre o  cálice. O mesmo vi, novamente, logo antes da Consagração. Ouvi com  toda a clareza as palavras, que o Divino Salvador disse, em mim e juntamente  comigo. Vi sua mão luminosa em minha mão e senti o seu braço ao levantar o  cálice. Na absolvição, durante a confissão, vi uma chama de fogo saindo da minha  mão e passando para o penitente, ao pronunciar as palavras “em nome do Pai, do  Filho e do Espírito Santo”. Eu devo escrever isso. Meu Jesus, tem  piedade de mim. Eu não sei como isso terminará. Quando caí no chão, no meu  quarto, devido ao ardor de amor, senti outra vez, e de maneira dolorosa,  principalmente a chaga do coração. 
  
  
  
  
 2259 – 1º de junho de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus.  Idem, no dia  2.5. Quando, no término da distribuição da Comunhão, antes da Missa, dei a  bênção,  vi saírem chamas da minha mão. Como no dia  anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi fogo ardendo de diversas  maneiras. Uma parte principal consistia nas chamas ao redor de um coração de  fogo. Eu desenho isso, porque devo. Durante a celebração de um batismo, vi  fogo saindo da minha mão, ao impô-la sobre a cabecinha da criança. O  amável Salvador quer que eu faça o desenho, embora eu tenha tido um pouco de  resistência. 
  
  
 2260 – 2 de junho de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Durante a distribuição da  Comunhão, antes da Missa, quando eu trazia a santa Hós tia na mão, vi, de  repente, um sol se formando ao redor da santa Hóstia. Aumentava  rapidamente, até alcançar o cibório. No Ofertório do pão, erguerem-se  chamas de ambas as mãos, que seguravam a patena. Ao fazer o sinal da  cruz, depois da Consagração, vi, igualmente, saírem chamas de minhas mãos  em direção ao cálice. Eu jamais teria pensado numa coisa dessas. Afinal, a fonte da bênção é Jesus, pessoalmente  presente. Mas na reflexão, já que não posso negar as chamas nem  as posso silenciar, tive que aceitar a autenticidade. A bênção,  abstraindo-se de qualquer outro significado, vale, neste caso, não só porque ela  pertence ao corpo sacramental, mas também por força do  corpo místico de Cristo, e, para os que crêem, tem seu  significado virtutem  crucis – em  virtude da cruz, como diz S. Tomás. Esta visão, que me deixou  desconfiado, serve justamente como prova de que minha fantasia não é fonte de  tudo isso. Eu vi, além disso, a mão luminosa do Divino Salvador, não só na  Consagração, mas também quando, depois da Comunhão, purificava o cálice. Quando me confessei, vi como da mão do confessor saíam chamas sobre  mim. À tarde, tive que me deitar por causa da dor de cabeça. Depois  de mais ou menos 25 minutos de paciente entrega, senti, repentinamente, tão  forte ardor de amor, que tive que abrir a batina na altura do coração. Depois,  doía-me a chaga do coração de tal maneira, que eu gritei um prolongado Ai! Uma  segunda vez, sobreveio esta dor repentina e mais uma vez eu gritei e pressionei  o local onde sentia a chaga. Pela primeira vez eu irrompi em tal grito de  dor. 
  
  
 2261  – 3 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5.  Na Comunhão, expantis – oração de braços abertos,  mas por breve tempo. Ao rezar o Glória e o Credo, vi sair de minha  boca cada palavra  como chamas  de fogo, que se elevam para as alturas diante da face de Deus. Fiz o  desenho, só porque o Divino Salvador o queria. Ao ouvir confissões na igreja  paroquial, vi repetidas vezes, ao fazer o sinal da cruz, durante a  absolvição sacramental, como saía uma intensa chama de fogo da minha mão,  abençoando o penitente. Eu queria omitir isso. Mas não há paz, enquanto  não estiver escrito e desenhado. Ele mesmo o quer. 
  
  
  
7. Vulcão de  Chamas 
  
  
 2262 – 4 de junho de 1938. Vigília de Pentecostes. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no  dia 2.5. No meio do fogo, e com o coração em fogo, eu me dirigi para o altar.  Qualquer tentativa de resistência levava ao efeito contrário, isto é, o ardor se  inflamava ainda mais. Como de costume, distribuí a Comunhão antes da Missa. Então, eu vi sair da santa Hóstia uma chama ardente, e eu distribuía esta  Hóstia em chamas aos que recebiam a Comunhão. Eu tentava, desfazer-me  desta visão. Em vão. Na elevação do Santíssimo Sangue, vi chamas brotarem  o cálice. Durante a leitura de ambos os evangelhos, vi, numa parte  expressiva das palavras, as mesmas saírem como chamas da minha boca e  elevarem-se para o alto. Na Ação de Graças, todo o meu interior era, de  novo, um ardente e ativo vulcão de chamas de amor e de ondas de amor, que  brotavam do mais profundo abismo do meu coração e se sucediam  ininterruptamente. 
  
  
  
 2264 – 6 de  junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia  anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi meu coração como um vulcão  chamejante, de modo que ofereci ao Divino Salvador meu amor pareciam-me, não  como pequenas chamas, mas como grandes ondas de chamas, nuvens de amor, que  saíam do meu coração e subiam um após outra. Era como uma erupção  vulcânica, que para mim é coisa impossível de imaginar. Eu jamais teria chegado  a tal idéia e nunca teria ousado apresentar ao meu Deus e Senhor, no momento  mais sagrado, uma coisa destas. Também recebi outras graças. Durante um  batismo, ouvi como o Divino Salvador pronunciou a oração, em mim e  comigo. 
O ardor do amor persistiu até eu  guardar o Santíssimo no sacrário. 
  
  
  
 2278 – Nas orações antes da Comunhão, vi meus anseios saindo da minha boca e transformar-se na santa  Hóstia, quanto consigo me lembrar, em forma de chamas de am or.  Depois da Comunhão, expansis – oração de braços  abertos, violento ardor de amor, e eu fiquei com o corpo em  movimento. Ao tomar o Santíssimo Sangue, vi todo o meu corpo  transformando em fogo. Na Ação de Graças, ardor, fogo, chamas muito  intensas do fundo do meu coração. Então fui para a igreja paroquial, a fim de  ouvir confissões. Ao ouvir um determinado pecado, veio-me mais ou menos esta  palavra: Nós somos uma raça  miserável. Senti profunda compaixão. Como o Divino Salvador é ofendido! De repente, as lágrimas  caíram de meus olhos, lágrimas de amor cordial, de íntima compaixão e sincera  tristeza. Por isso, tive de interromper momentaneamente as confissões para  enxugar as lágrimas. Na meditação da manhã, vi, novamente, meus atos de  amor subirem como sóis de fogo. O mesmo na Ação de Graças, mas durante  pouco tempo. 
Salvador. Ele fará tudo  corretamente. Na Ação de Graças, ardor, amor vulcânico, mas durante breve  tempo. 
  
  
  
 2284 – 25 de junho de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Quando, no começo da Missa, distribuía a  Comunhão, vi subir da pequena Hóstia que eu segurava na mão, outra chama  em meio a uma chama maior, que provinha do cibório. Olhei bem, porque  depois me viriam dúvidas. No entanto, não restava dúvida, a chama ardia. Estive em fogo como no dia anterior. Nas orações, as palavras eram como  fogo e sóis fogo. Resisti, para não ficar distraído. Não adiantou nada.  As chamas estavam presentes. Também outras graças se repetiram. Na Ação de  Graças, um vulcão de amor, ardor, sóis de fogo. 
  
  
  
  
 2286 – 27 de junho de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. De manhã, quando fui à capela, vi o  altar em chamas. Uma chama  avançava com  força e saía da pedra do altar. Olhei com atenção. Como no dia anterior,  estive em fogo. Durante a santa Missa, houve repetições de fenômenos, dos  sóis de fogo que, nas palavras de algumas orações, projetavam-se para o  alto. Na Ação de Graças, tudo em fogo, vulcão de amor. Nisso,  manifestaram-se novamente os sóis de fogo, que brotavam do meu coração,  acompanhados de chamas de fogo. Certa vez, vi, como sinal da presença de  Jesus em mim, a santa Hóstia em meu coração rodeada de chamas. Devo  escrever isso e fazer o desenho. Jesus, tem de piedade de mim. Eu seria  completamente incapaz de inventar variedade de fatos. 
  
  
  
  
  
 2291 – 2 de julho de 1938. Dulcíssimo  Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Durante a santa Missa, vi as palavras em diversas partes, por exemplo, na  oração ao pé do altar, como sóis de fogo que saíam da minha boca. Na  Ação de Graças, vulcão de amor. Novamente, vi sóis de fogo, bem maiores do  que a área do meu coração. São os atos de amor. Também vi a oração  do breviário, em forma de sóis de fogo, sair da minha boca. Em  oposição às blasfêmias, pelas quais a Divina Majestade de Deus e o Sagrado  Coração de Jesus são tão profundamente ofendidos e entristecidos, consolam o Divino Salvador as divinas palavras do breviário, glorificam  a infinita grandeza e majestade de Deus. Depois, vi, também,  outras orações subirem de maneira idêntica da minha boca para Deus.  Creio que isto é menos do que aquilo que eu vi. Eu confio na infinita bondade do  Sagrado Coração de Jesus, que não me tornarei vítima de uma ilusão. 
  
  
  
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